Osair Victor de Oliveira Junior, William Douglas, Simone Schreiber, Paulo Barata e Débora Cordeiro

Na semana em que é comemorado o Dia da Memória do Poder Judiciário, o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) prestou homenagem a um reconhecido defensor da valorização histórica dos nomes e dos feitos que construíram esse poder constituído.

O desembargador federal Paulo de Freitas Barata recebeu o tributo nesta sexta-feira, 13 de maio, em evento que integra a programação do CCJF para celebrar a efeméride. O Dia da Memória do Poder Judiciário foi instituído pelo Conselho Nacional de Justiça por meio da Resolução nº 316, de 2020.

A homenagem foi conduzida pela diretora do espaço cultural vinculado ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargadora federal Simone Schreiber, e foi prestigiada, dentre autoridades, familiares e amigos do magistrado aposentado em 2010, pelos desembargadores federais Ivan Athié, William Douglas, Carmen Silvia e Raldênio Bonifacio Costa (também aposentado), pelo vice-diretor da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, juiz federal Osair Victor de Oliveira Junior, pelo juiz federal Fabricio Fernandes de Castro e pelo filho do agraciado, o advogado Bruno Barata.

Simone Schreiber abriu sua fala destacando o extenso currículo do desembargador Paulo Barata, que ingressou no serviço público em 1960, como auxiliar de portaria do Ministério do Trabalho. Na Justiça Federal, iniciou suas atividades como servidor, chegando ao cargo de diretor de secretaria da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Seu acesso à magistratura, lembrou a magistrada, deu-se com a aprovação em concurso para juiz federal realizado em 1974. Com a criação dos Tribunais Regionais Federais, foi nomeado para a primeira composição da Corte regional da 2ª Região, instalada em 30 de março de 1989.

A desembargadora lembrou ainda que, como primeiro diretor-geral do CCJF, inaugurado em 2001, Paulo Barata foi também o primeiro a idealizar e implantar um projeto de memória institucional da Justiça Federal. Concluindo sua fala, ela ressaltou a sensibilidade e empatia do colega de toga: “Paulo Barata foi um juiz extremamente humano e uma inspiração diária para nós, magistrados mais jovens. Uma pessoa com disposição ímpar de ouvir,  ser solícito, gentil e respeitoso com todos:  juízes, servidores, advogados e partes”, afirmou.

Na sequência, a palavra passou à servidora Débora Cordeiro, coordenadora do Núcleo de Gestão de Memória e Biblioteca do TRF2, que falou sobre projetos dirigidos pelo homenageado, exemplificando seu empenho na preservação da história do Poder Judiciário e das letras jurídicas. Dentre os projetos citados, ela apontou a organização da biblioteca do tribunal;  o programa de registro da história oral dos juízes e servidores pioneiros da Justiça Federal, após a sua recriação na década de 1960; o trabalho de recebimento e disponibilização pública do acervo bibliográfico de Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, doado pelos herdeiros do advogado, jurista, professor, diplomata e ensaísta, em 2009; e a organização do acervo processual histórico da Justiça Federal no bairro carioca de São Cristóvão.

Em seguida, discursaram também em tributo ao desembargador Paulo Barata, o desembargador federal William Douglas, o juiz federal Osair Victor de Oliveira Junior e o desembargador federal Raldênio Costa. A última fala coube ao próprio agraciado, que dirigiu agradecimentos à diretora do CCJF, às autoridades presentes e aos servidores, sem os quais, garantiu, não teria sido possível  elevar o espaço à posição destacada que hoje ocupa no cenário cultural e artístico do Rio de Janeiro.

A homenagem foi prestigiada por autoridades, amigos e familiares de paulo Barata. No primeiro plano, os desembargadores federais Carmen Silvia e Raldênio Costa