Dra Cristiane E Dr Paulo No Ajufe Mulheres

1) Sede do TRF5. 2) Seminário Ajufe Mulheres. 3) Cristiane Chmatalik (2ª, da esq./dir.) e Paulo Gonçalves, com magistradas participantes do evento.

A titular da 6ª Vara Federal Cível, juíza federal Cristiane Conde Chmatalik, e o titular do 1º Juizado Especial Federal, juiz federal Paulo Gonçalves de Oliveira Filho, participaram do “V Seminário Mulheres no Sistema de Justiça: Desafios e Trajetórias”, promovido pela Ajufe Mulheres, comissão instituída pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), no Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5, em Recife/PE.

Os debates, realizados na quinta (11) e sexta-feira (12), mostraram que a necessidade da presença feminina nos espaços de poder ultrapassa os limites do Judiciário e é fundamental, também, nas instituições dos Poderes Executivo e Legislativo.

O presidente do TRF5, desembargador federal Fernando Braga, e a vice-presidente da Corte, desembargadora federal Germana Moraes, integraram a mesa de abertura da programação. Ambos defenderam a mudança do cenário de maioria masculina e destacaram as recentes nomeações de três magistradas para integrar o colegiado do TRF5: a própria Germana e as desembargadoras federais Joana Carolina e Cibele Benevides. Também integraram a mesa a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Cláudia Bucchianeri (on-line), o presidente da Ajufe, juiz federal Nelson Alves, a juíza federal Camila Pullin, coordenadora da Ajufe Mulheres, e a vereadora do Recife Cida Pedrosa. A ministra presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Tereza de Assis Moura, enviou um vídeo em que pontuou questões importantes sobre a equidade de gênero.

Durante a abertura, Camila Pullin apresentou números que revelam a desigual participação entre homens e mulheres nos espaços de poder: dos 27 estados da federação, apenas dois são governados por mulheres (Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte, e Raquel Lyra, em Pernambuco); o percentual de participação feminina no Segundo Grau de jurisdição da Justiça Federal é de menos de 20%; e, nos Tribunais Superiores, esse número chega a, aproximadamente, 13%. Os dados guiaram boa parte dos debates do Seminário.

No segundo e último dia de programação, o público acompanhou  painéis sobre os temas “Diversidade no Poder Judiciário: possibilidades de ação” e “Participação feminina na política”, com debates mediados, respectivamente, pelas desembargadoras federais Cibele Benevides e Joana Carolina. Também houve exposições sobre “O CNJ e as ações para a diversidade no Poder Judiciário”, além de uma roda de conversa sobre o curta metragem “Simbiose”, de Julia Morim, que conta a história e as vivências de Dona Prazeres, parteira tradicional e Patrimônio Vivo de Pernambuco, e sobre o Museu da Parteira, sob a mediação da juíza federal Polyana Falcão Brito.

*Fonte: TRF5, com inclusões da SJES