Dra Cristiane Wegov Internet

A diretora do foro da Justiça Federal do Espírito Santo, juíza federal Cristiane Conde Chmatalik, participou hoje (4/9) do evento “Venha Inovar com a PRF – Programa de Incentivo à inovação”, que faz parte da abertura do HubGov da Polícia Rodoviária Federal.  A juíza falou no painel “Inovar apesar da hierarquia e da toga”, juntamente com o coronel Paulo Sousa, do Exército Brasileiro, com mediação de Guilherme Almeida, Gnova – Enap.

Após uma resumida apresentação sobre sua trajetória na Justiça Federal, a juíza contou sobre “a jornada de transformação realizada na sua instituição”.  Ela informou que faz parte de um grupo de juízes da Associação de Juízes Federais (Ajufe) que começou a conversar sobre inovação há alguns anos. Dois desses juízes acabaram assumindo a Direção do Foro da Justiça Federal em São Paulo na sequência, Paulo Neves e Luciana Ortiz, e lá criaram o primeiro Laboratório de Inovação do Poder Judiciário.

No Espírito Santo, inicialmente a magistrada se preocupou em montar um espaço físico, para, em seguida, buscar capacitação.  Por uma feliz coincidência, conheceu Gabriela Tamura no III Fórum Nacional de Administração e Gestão Estratégica (Fonage), realizado em Natal/RN, em 2018, e formou parceria com o WeGov para capacitação de servidores que viriam a atuar no Laboratório de Inovação da JFES.

Diversidade

“Muitas pessoas da instituição se entusiasmaram com a ideia do laboratório e foi formado o que eu chamo de iTeam, ou time de inovação, com servidores com formação em Comunicação, Engenharia, Arquitetura, Psicologia.  Essa diversidade foi fundamental para o desenvolvimento de projetos”, afirmou.

“De lá para cá, nós expandimos bastante.  Agora estamos aprendendo a caminhar e o laboratório passou a fazer sentido para a alta administração que, no início, não havia entendido muito bem sua importância.  Conseguimos nos estabelecer e nos firmar.  Hoje, prescindimos totalmente do laboratório.  Fazemos brainstorming pelo Miro e até por Whatsapp”, assegurou.

Hipossuficientes

A magistrada citou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela JFES no atendimento à demanda de aberturas de ações judiciais sobre o Auxílio Emergencial, atendendo à população carente, cidadãos que não conseguem realizar um atendimento, devido à dificuldade em acessar a internet, por exemplo.  “Começamos a ver alternativas para resolver essa questão”, disse e mencionou que uma delas foi o uso da “Ju”, projeto de atendimento ao usuário que surgiu durante o Hubjus realizado na JFES e que foi alçado ao Chatbot da instituição.  Esse projeto ajudou “de forma absurda.  Hoje conseguimos fazer mais atendimentos graças aos três Chatbots que usamos – de atendimento geral, para atendimento ao e-Proc e para o primeiro atendimento dos juizados especiais federais”, lembrou.

O projeto dos Chatbots com o uso da Ju acabou inspirando também a Justiça em São Paulo, no Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, “que desenvolveram algo semelhante a partir dessa boa prática disseminada”, ressaltou.

A diretora do foro da JFES reconheceu que conseguiu desenvolver muita coisa na área de inovação porque exerce um papel de liderança na instituição, que tende a ser mais burocratizada.  Ela destacou o papel da Tecnologia da Informação no processo de inovação, apesar de estar ciente de que a demanda da área nas instituições deixa pouco espaço para desenvolver outros projetos.

‘Chama de inovação’

“É importante que tenhamos uma equipe multidisciplinar e engajada, que possa contagiar o órgão como um todo, ao mesmo tempo que pensa com muito profissionalismo, pois sabe que faz algo muito importante para a instituição”, afirmou a juíza que destacou os trabalhos que vêm sendo realizados pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o Liods, como parcerias, colaboradores, dentro do ecossistema de Justiça.

Para finalizar, a magistrada lembrou do projeto ‘linguagem simples’, que vem sendo trabalhado pelo Laboratório de Inovação da JFES.  A ideia é transformar nossos formulários para que os usuários possam entender o que fala a Justiça.  “Minha gestão está terminando e meu desafio é conseguir manter essa chama de inovação e trazer mais parceiros para isso, precisamos de pessoas caminhando juntas”, encerrou.

Para mais notícias da Justiça Federal, siga-nos nas redes sociais Instagram (jfes_oficial) e Twitter (JFES_oficial).