Tela Redonda Dra Adriana Consciência Negra Para Site

A Justiça Federal do Espírito Santo promove, no dia 18/11, às 17h, uma edição especial do bate-papo virtual “Tela Redonda”, em alusão ao Dia da Consciência Negra e aos dez anos do Estatuto da Igualdade Racial – Lei nº 12.288/2010.

A Seccional convidou a juíza federal Adriana Cruz, titular da 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro, para falar sobre o tema “Julgamento com perspectiva de vulnerabilidades – uma abordagem prática sobre a jurisdição atenta aos marcadores sociais da diferença”.

A magistrada – que é doutora em Direito Penal pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio Especialista em Direito Processual Civil (1998) pelo Instituto Brasileiro de Direito Processual e graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – pesquisa a criminalidade econômica e sua relação com a democracia, crimes no ambiente político-partidário, compliance e questões raciais.

É preciso avançar

Em evento promovido pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, em agosto deste ano, a juíza explicou que o racismo não se resume a uma prática intencional e individual, mas está estruturalmente vinculado à formação da sociedade brasileira. “Nossa sociedade foi organizada a partir da escravidão. Práticas racistas tipificadas no Direito devem ser combatidas, mas é importante avançar na questão, entender que, ao ficar inerte, você adere ao fluxo de perpetuação do racismo. É preciso que uma luta antirracista se fortaleça para que não apenas nós que sofremos discriminação tenhamos que reafirmar a todo tempo nossa humanidade”, ressaltou.

Na ocasião, Adriana Cruz chamou atenção para os números do IBGE. Mesmo sendo a população negra maioria no país (53,9%), quem tem a pele preta ou parda tem menos acesso à educação, emprego, saúde e representação política. Cidadãos de pele negra também são a maioria das vítimas de homicídio e da ação letal das forças policiais.

A juíza destacou ainda o abismo entre brancos e negros no Poder Judiciário.  No último Censo promovido pelo CNJ, a magistratura brasileira se revelou majoritariamente branca, e masculina: apenas 18,1% dos juízes se declararam pretos ou pardos; desse total, somente 6% são de magistradas negras.

Quer continuar o assunto?

Participe do Tela Redonda! A transmissão será totalmente on-line, pela plataforma Cisco-Webex. Para participar, basta enviar e-mail para sedpe@jfes.jus.br manifestando o seu interesse. Depois, é só aguardar o link para acessar no dia do evento.


SERVIÇO:

Tela Redonda Especial

Tema: “Julgamento com perspectiva de vulnerabilidades – uma abordagem prática sobre a jurisdição atenta aos marcadores sociais da diferença”.

Palestrante: Adriana Cruz, juíza federal da JFRJ

Dia: 18/11/20

Horário: 17h

Modalidade: Virtual (pela plataforma Cisco Webex)

Inscrições: pelo e-mail sedpe@jfes.jus.br.

*Com informações da JFRJ

Para mais notícias da Justiça Federal, siga-nos nas redes sociais Instagram (jfes_oficial) e Twitter (JFES_oficial).