Para abrir esta jornada, optamos por apresentar a conferência de abertura da Semana de 22, "A emoção estética na arte moderna", de autoria de Graça Aranha e proferida por ele na abertura do evento, no Teatro Municipal de São Paulo no dia 13 de fevereiro.
Durante o ano de 1921, o escritor Graça Aranha, ao lado de Paulo Prado, já tinha sido um dos articuladores e organizadores do evento.
Escritor e (por um tempo) imortal da Academia Brasileira de Letras, que ajudara a fundar, havia exercido a advocacia, magistratura e diplomacia em diversos países europeus. No retorno ao Brasil, em 1921, uniu-se aos modernistas por intermédio de Di Cavalcante - e por atividades políticas supostamente subversivas durante o Levante do Forte de Copacabana em 5 de julho de 1924, foi preso no dia seguinte, ficando detido quase um mês.
Alem da qualidade da conferência de abertura, que divulgamos, de incrível atualidade, Graça Aranha fala alto à vida capixaba e sua formação.
Em, 1902, sendo Juiz de Direito no interior do Espírito Santo, escreveu o romance modernista Canaã, abordando o racismo, o preconceito, os choques de costumes e a imigraçao.
À luz destas credenciais, apresentamos a A EMOÇÃO ESTÉTICA DA ARTE MODERNA, de Graça Aranha, como nossa abertura e reverência ao centenário da Semana de 22.
Obras de Graça Aranha:
Canaã, 1902
Malazarte, 1911
A Estética da Vida, 1921
Espírito Moderno, 1925
Futurismo (manifesto de Marinetti e seus companheiros) 1926
A Viagem Maravilhosa, 1929
O meu próprio romance, 1931 (texto autobiográfico)
O manifesto dos mundos sociais, 1935