Justiça Federal recebe visita técnica de jovens advogados em busca de experiência profissional

 

A Seção Judiciária do Espírito Santo (SJES) recebeu na tarde de quinta-feira, 18, em sua sede, em Vitória, a visita de 15 jovens advogados que participam de um programa gratuito de experiência profissional e vieram conhecer o funcionamento da Justiça Federal.

 

Todos com até cinco anos de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e formados em diversas instituições de ensino do Estado e de outros Estados, os profissionais foram recebidos pela diretora do foro, juíza federal Cristiane Conde Chmatalik, e pelos juízes federais Aylton Bonomo Junior e Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa.

 

Eles pretendem se dedicar principalmente à advocacia criminal e foram selecionados por um escritório de advocacia, para participar de uma imersão gratuita e de curta duração em advocacia criminal, conhecendo o dia a dia de um escritório de advocacia, conversando com profissionais da área e visitando instituições de ensino empresas e órgãos públicos.

 

História e funcionamento

 

Na SJES, os visitantes conheceram, inicialmente, o Centro de Memória da Justiça Federal e a Biblioteca. Depois receberam as boas-vindas da diretora do foro, no auditório. A magistrada parabenizou a iniciativa e se colocou à disposição dos advogados para novas parcerias que venham contribuir com a formação deles e ao mesmo tempo com o trabalho da Justiça.

 

Em seguida, o juiz federal substituto da 2ª Vara Federal Cível, Aylton Bonomo Júnior, fez uma explanação sobre o funcionamento e a estrutura da Justiça Federal no Estado, com ênfase nas matérias que são julgadas em cada vara e informações úteis para quando os profissionais estiverem atuando em alguma causa na Justiça Federal.

 

Após a palestra, cada advogado recebeu de presente um exemplar do livro “Memória Institucional da Seção Judiciária do Espírito Santo”, de autoria do juiz federal Ronald Kr6uger Rodor, e uma cartilha do programa “Justiça Federal, muito prazer”, também com informações sobre o órgão.

 

Vara Criminal

 

Aylton Bonomo acompanhou, então, o grupo até a 1ª Vara Federal Criminal, onde tiveram a oportunidade de conversar com o juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa, titular daquele juízo, e um dos mais experientes juízes federais na área criminal, em atuação na Seção Judiciária.

 

O magistrado – que fez mestrado em “Justiça e Direito do Processo” na França, com ênfase em processo penal, e é quem julga a maior parte dos processos advindos das grandes operações da Polícia Federal no Estado – compartilhou com os novatos, na sala de audiências, sua experiência de aproximadamente 10 anos como juiz de vara criminal.

 

Contando casos reais e muitas vezes pitorescos, Marcus Costa deixou conselhos básicos para advogados em início de carreira e, especialmente, para aqueles que pretendem atuar na área criminal: estudar, buscar conhecimento em outras áreas – como economia e negócios na área de esporte e obras de arte – agregando informações que certamente serão úteis na prática do direito criminal, principalmente nos crimes contra o sistema financeiro.

 

E o terceiro conselho: repensar a Justiça. “A Justiça não é necessariamente um embate de acusação e defesa. Precisamos evoluir para uma nova forma de pensar a Justiça, mais colaborativa e restaurativa”, afirmou o magistrado, ressaltando também a necessidade de os advogados prepararem melhor suas estratégias de defesa: “Não dá pra ficar na velha forma de advogar defendendo o indefensável”.

 

Nicho

 

O juiz federal substituto da 1ª VF-Criminal, Vítor Berger Coelho, que participou de uma parte do encontro, ressaltou que o ES ainda é carente de bons profissionais na área criminal, mais especificamente na área de crimes financeiros. “Um bom nicho para quem está começando”, sugeriu.

 

Ao final do bate-papo, os magistrados se colocaram à disposição para conversar, esclarecer dúvidas, e declararam que estão sempre de portas abertas para receber os advogados. O advogado Filipe Sodré agradeceu em nome dos visitantes. “Vivemos aqui hoje um momento precioso”.

 

Ele, que é um dos responsáveis pelo programa de imersão, explica que o objetivo é contribuir para a formação de uma sólida geração de criminalistas no Estado, proporcionando uma troca de experiências entre esses profissionais que acabam de entrar no mercado e outros mais experientes. “E essa oportunidade que tivemos aqui de conversar com os magistrados e, mais ainda, com um juiz federal criminal, falando de sua experiência e nos dando dicas de como ampliar nossa visão e elaborar nossas estratégias, foi uma experiência excepcional”.

 

NCS: ncs@jfes.jus.br

Núcleo de Comunicação Social e Relações Públicas

Em 19/01/2018

Às 14h56