Núcleo Regional do Centro de Memória Institucional da SJES inicia seus trabalhos

 

Em solenidade realizada na tarde do dia 25 de março, no foyer do Auditório ‘Juiz Federal Luiz Eduardo Pimenta Pereira’, o presidente do TRF da 2ª Região, desembargador federal Sergio Schwaitzer, o diretor do foro da Seção Judiciária do Espírito Santo, juiz federal Fernando Cesar Baptista de Mattos, declararam abertos os trabalhos do Núcleo Regional do Centro de Memória Institucional da Seccional capixaba.

 

Também participaram da solenidade o juiz federal Ronald Krüger Rodor, integrante da Comissão para Implementação do Projeto Memória Institucional da 2ª Região e autor do livro “Memória Institucional da Seção Judiciária do Espírito Santo”, e a diretora da Secretaria de Documentação e Disseminação da Informação – SED/TRF2, Lenora de Beaurepaire Schwaitzer, que agradeceu ao presidente e ao diretor do foro da SJES por reconhecerem a importância da preservação da memória para a instituição.

 

‘Memória para o futuro’

 

“É relevante para todos nós saber que a memória da Justiça Federal está alcançando um novo patamar. Hoje, nosso dia a dia é focado em atender às demandas dos jurisdicionados, sem saber que amanhã essas demandas virão história e memória.  Então o que nós estamos fazendo hoje, no dia a dia, seja para a parte orçamentária, seja para a construção de um novo prédio, seja para o controle das nossas atividades, nós estamos fazendo a memória para o futuro.  Então, quanto a isso, é muito relevante a gente trabalhar e realizar algo em relação à memória do passado.  Entendendo o passado é que nós poderemos saber qual é a nossa identidade.  Então, essa iniciativa, que é pioneira de um trabalho conjunto, regional, deve ser ressaltada, valorizada.  Eu agradeço ao presidente do Tribunal, ao Diretor do Foro e a todos que aqui estão por reconhecer esse valor”, afirmou Lenora Schwaitzer. 

 

Livro e galeria

 

Falando na sequência, o juiz federal Ronald Krüger Rodor, destacou que esse era um “ato simbólico” do início dos trabalhos do Núcleo Regional do Centro de Memória na SJES.  Lembrou o magistrado dos eventos que envolveram a memória institucional realizados em 2014, como o lançamento do livro “Memória Institucional da Seção Judiciária do Espírito Santo” e da inauguração da Galeria de Diretores do Foro. 

 

Ronald Krüger Rodor também lembrou da assinatura do termo de transferência do ‘acervo histórico’ de processos da Justiça Federal capixaba de 1890 a 1937, oficializado em solenidade realizada alguns minutos antes no Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, que detinha a guarda desses processos. 

 

Disseminação do conhecimento

 

Para o evento daquela tarde, foi feita uma pequena exposição, “com o acervo mobiliário que a gente tinha e uma parte pequeníssima do acervo documental que temos para simbolizar esse momento. Mas o Centro de Memória é muito mais que isso, do que um espaço físico de exposição. Não se confunde simplesmente com um museu do Judiciário”.  Sua finalidade é a gestão do acervo histórico, da guarda, da documentação e, “o mais importante de tudo”, segundo o juiz, “a disseminação do conhecimento daquilo tido como de valor histórico”. 

 

“Os processos judiciais têm encapsulados ali não só a história da instituição Justiça Federal, mas também a história da própria comunidade em que está inserido ali aquele Tribunal, enfim, aquelas varas, aqueles juízes que atuaram”.

 

Registros

 

Ronald Krüger Rodor fez ainda, ao final de sua fala, dois registros.  O primeiro, de agradecimento às administrações do Tribunal e da SJES, “que sempre apoiaram e prestaram total assistência a todas as atividades que nós tentamos desenvolver ao longo desse tempo referentes à preservação da memória da Justiça Federal na 2ª Região, em especial na Seção Judiciária do Espírito Santo”. 

 

O segundo, “especificamente em relação à exposição que vocês vão poder ver daqui a pouco, aos servidores, às servidoras, principalmente, que prestaram todo o apoio e tiveram o esmero de trabalhar com isso.  Ao pessoal do NCS, principalmente na pessoa da Ana Paola (Dessaune Carlos Vidal) e nosso fotógrafo também, (José Augusto) Magnago, que até tirar foto lá de cima do prédio ele tirou, que vocês vão poder ver; o pessoal do NAJ, na pessoa da Vera (Ely Massariol); e o pessoal da Seard, na pessoa da Gilséa (Martins Soares)”, finalizou o magistrado.

 

Juiz colaborador

 

O diretor do foro da Seccional capixaba, juiz federal Fernando Cesar Baptista de Mattos, agradeceu ao juiz federal Ronald Krüger Rodor pela “parceria fundamental”.  “Talvez tenha sido o juiz mais colaborador da Administração e é importante que a gente faça esse agradecimento” e lembrou a importância do resgate e da preservação da nossa memória institucional.

 

Agradeceu também a presença do desembargador federal Antonio Cruz Netto e do vice-diretor do foro, juiz federal José Eduardo do Nascimento.

 

Na sequência, o diretor do foro agradeceu ao presidente do TRF2 “por todo o apoio que a Administração teve”.  O agradecimento “dos magistrados e dos servidores da Seção Judiciária” foi registrado em uma placa entregue ao presidente que continha os seguintes dizeres:

 

“Ao Desembargador Federal Sergio Schwaitzer, presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a homenagem e o agradecimento dos magistrados e servidores da Seção Judiciária do Espírito Santo pelo apoio aos projetos estratégicos da Seccional capixaba durante a sua gestão no biênio 2013/2015”.

 

Reconhecimento importante

 

O presidente do TRF da 2ª Região, desembargador federal Sergio Schwaitzer, agradeceu a homenagem e afirmou achar “muito importante esse reconhecimento”, uma vez que sempre foi sua preocupação “não fazer distinções entre as seções judiciárias do Rio e do Espírito Santo.  Dentro do que foi possível, dentro das limitações do Tribunal, em razão da autonomia que as Seções Judiciárias têm em termos de orçamento, tudo aquilo que eu pude fazer em termos de equalizar a força de trabalho, recursos, planejamento, tentei fazer.  Espero que tenha alcançado o objetivo de melhorar, dentro do possível, o nosso trabalho, prestar serviço jurisdicional, fazer, entregar, aquilo que nos procuram”.

 

Em relação ao Centro de Memória, afirmou ser esse um “momento importantíssimo”, com a formalização da entrega dos autos que, por direito, conforme determina o art. 77, da Lei 5.010/1966, eram da Justiça Federal, quase 50 anos após sua reinstalação.

 

‘Regionalizar’

 

A ideia, segundo o presidente, “é regionalizar, dentro daquilo que é a melhor linha de ação que o Tribunal pode ter, uma linha regional, que tem um direcionamento só, uma linha de pensamento, e uma orientação mais firme, fazer uma análise, tratamento, guarda, tudo aquilo que o (juiz federal) Ronald (Krüger Rodor) já colocou para conservação e a gestão desses processos”, disse.

 

“Para muitos, o arquivo é só o fim da linha”, continuou o presidente, porém “esses processo contêm muita história, muita parte da vida da pessoa, história da Justiça Federal, história do nosso país.  Então, eu considero extremamente importante que haja – vai haver, tenho certeza – um prosseguimento dessa linha de ação com o Tribunal e das próprias seções judiciárias.  Isso é só o ponto de partida, só uma pequena amostra”.

 

Função

 

“E, para finalizar e marcar a posição institucional da região, provavelmente hoje eu assino a resolução de readequação das funções do Centro de Memória, que foi criado em 2011, inclusive deslocando uma função aqui para a Seção Judiciária do Espírito Santo para que haja uma ação permanente em termos de conservação desses processos”, concluiu, agradecendo mais uma vez pela homenagem e conclamando os presentes a visitar a exposição que foi montada na Entrada 1 do auditório e manteve visitação até o dia 30 de março, das 12 às 17h.

 

NCS: ncs@jfes.jus.br

Núcleo de Comunicação Social e Relações Públicas

Em 30/03/2015.

16h44