Homenagem ao desembargador federal Romário Rangel: um momento para ficar na memória da Justiça Federal

 

Quem esteve presente na solenidade de aposição de placa in memorian do desembargador federal Romário Rangel na sede do órgão na última sexta-feira, 16, em Vitória, teve a honra de fazer parte de um momento histórico que ficará eternamente na memória da Justiça Federal capixaba e do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

 

A cerimônia foi presidida pela presidente do TRF2, desembargadora federal Maria Helena Cisne, acompanhada do diretor do foro da SJES, juiz federal Fernando Cesar Baptista de Mattos, anfitrião do evento; da diretora geral da Escola da Magistratura Regional Federal da 2ª Região, desembargadora federal Liliane Roriz; e dos desembargadores federais André Fontes (Corregedor Regional da Justiça Federal da 2ª Região), Luiz Antonio Soares (diretor da Emarf – Núcleo Vitória), José Ferreira Neves Neto (vice-diretor do Centro Cultural Justiça Federal) e Antonio Ivan Athié.

 

No auditório, personalidades que também marcaram a história da Seção Judiciária – como o desembargador federal Antonio Cruz Netto e a juíza federal Virgínia Procópio Oliveira Silva – além de procuradores, advogados, magistrados, servidores e, em lugar especial na plateia, seis dos sete filhos do homenageado: Caio Lúcio – com sua esposa Maria das Graças -, Terezinha Elizabeth, Augusto Sérgio, Cláudia Patrícia – acompanhada de seu esposo Ricardo –, Carla Valéria – com seu esposo, Franz Robert -, e Andréia Elisa. Os netos Rosa, Júlia, Cristal, Raíssa e Emanuel e a bisneta Sara Elizabeth também vieram prestigiar a homenagem ao patriarca que foi responsável pela implantação da Justiça Federal em seu Estado, no final da década de 60, e que hoje dá nome à atual sede.

 

Exemplo para futuras gerações

 

Após saudar as autoridades, ressaltar a importância dos servidores – “sem os quais nada disso seria possível” – e agradecer especialmente a presença dos familiares do desembargador federal Romário Rangel, o diretor do foro da SJES destacou, na solenidade, que a Direção do Foro se sentia muito feliz em prestar aquela homenagem.

 

Fernando Mattos agradeceu à desembargadora federal Maria Helena Cisne, por ter, juntamente com seus pares, acatado a sugestão de dar o nome do desembargador federal à sede da SJES. “A ideia partiu da Seção Judiciária, com o apoio dos desembargadores federais Luiz Antonio Soares e José Neves, como forma de reverenciar aquele que deu sua contribuição, preservando seu exemplo para gerações futuras”, concluiu o diretor, passando a palavra para a presidente do Tribunal.

 

Alguém que teve um sonho e o realizou

 

“É uma alegria homenagear a quem deve ser homenageado”, iniciou Maria Helena Cisne, ressaltando que o primeiro presidente do TRF – Romário Rangel – foi um homem que teve um sonho e o realizou. “Começou o Tribunal do nada e conseguiu fazer com que ele funcionasse e fosse o que é hoje”, destacou. E reforçou: “‘Dr. Romário’ deixou um rastro luminoso, que é o nosso Tribunal. Que possamos seguir seu exemplo, buscando sempre melhorar e tornar mais rápidas as nossas decisões”.

 

A emoção de quem conviveu com o magistrado

 

Assessora de Romário Rangel por todo o tempo em que ele esteve no TRF2, coube à desembargadora federal Liliane Roriz homenagear a figura humana de seu ex-chefe e amigo.

 

“É uma grande honra, para mim, ter sido escolhida para homenagear o ‘Dr. Romário Rangel’ e é com imensa emoção que o faço. Foi graças em parte a seus exemplos e ensinamentos que hoje estou no cargo que ocupo”, declarou a diretora da Emarf.

 

Em seu discurso, Liliane Roriz discorreu por todas as faces do magistrado. Jornalista, professor, homem de personalidade marcante, dedicado à família e adiante do seu tempo. Um homem formal, que fazia questão de empossar pessoalmente todos os servidores. Uma pessoa que tinha o dom da palavra e gostava de conversar. Alguém de poucos, mas seletos amigos. De olhar penetrante e autoridade incontestável.

 

“Tenho certeza de que o Dr. Romário fez escola. Embora os tempos sejam outros, convém aprender com os ensinamentos daquele que teve a oportunidade de instalar a Justiça Federal no Espírito Santo e o Tribunal Regional da 2ª Região, missões essas que cumpriu com brilhantismo! O Dr. Romário Rangel merece todas as nossas homenagens, fazendo jus, com sua trajetória, a que seu nome seja perpetuado neste belo prédio, para que cada uma das pessoas que nele adentrem possam reverenciá-lo e saber que um dia houve na Justiça Federal da 2ª Região um homem ousado, destemido, justo e equilibrado que serve de exemplo às novas e futuras gerações. Enfim, um homem bom”, concluiu.

 

O homem e a instituição, inseparáveis

 

O desembargador federal José Neves Neto, que atuou como juiz substituto de Romário Rangel na SJES, também contribuiu com a sua homenagem.

 

“É com emoção que falo aqui de um grande magistrado. Meu referencial como juiz e amigo. Em outubro de 88, vim do Paraná, na função de auxílio, e aqui conheci ‘Dr. Romário’. Ele imediatamente me recebeu de braços abertos, com toda aquela fidalguia e um certo afeto paternal. Eu era então o caçula na Seção Judiciária, com 32 anos. Com Sua Excelência aprendi muito e tive um relacionamento cada vez mais aproximado. Romário Rangel e a Justiça Federal constituem uma coisa só. Não se falava sobre a instituição sem falar no ‘Dr. Romário’ e vice-versa. O homem e a instituição, inseparáveis”, destacou.

 

Filho ilustre de sua terra

 

O corregedor regional, desembargador federal André Fontes, por sua vez, destacou que “em todas as civilizações, todas as sociedades, os seus heróis, personalidades mais ilustres são lembrados com nomes de rua, prédios, fóruns”.

 

“Hoje, construindo a história do nosso país, homenageamos um dos bastiões da República, que fez por merecer, fazendo de sua vida profissional o verdadeiro sentido de sua vida. Foi com justiça que escolhemos o seu nome para a Seção Judiciária do Espírito Santo, não só por ter sido o primeiro juiz aqui, mas por ter construído a base do Tribunal. Poderíamos dar seu nome ao próprio Tribunal. Mas não seria justo tirar do ES a homenagem ao seu filho ilustre”.

 

A homenagem foi encerrada com a apresentação de um vídeo com trechos de uma entrevista concedida pelo homenageado, em novembro de 2008, em sua residência, na qual Romário Rangel relembra fatos que marcaram a instalação da Justiça Federal no Estado e declara sua crença no Brasil e no Poder Judiciário.

 

Ao final da entrevista, com sua imagem congelada na tela, o auditório inteiro aplaudiu e foi convidado para o descerramento das placas comemorativas na entrada da sede da SJES.

 

Uma das placas instaladas traz a foto do desembargador federal gravada e o resumo de sua trajetória profissional, mais do que nunca também gravada na memória da Seção Judiciária.

 

NCS: ncs@jfes.jus.br

Núcleo de Comunicação Social e Relações Públicas

Em 22/03/2012

Às 14h18