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O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) empossou nesta quinta-feira, 11 de março, seu mais novo componente. Juiz federal desde 1993, o agora desembargador federal William Douglas Resinente dos Santos foi promovido à segunda instância pelo critério de antiguidade, com votação unânime do Plenário do Tribunal.

A cerimônia de posse foi realizada por videoconferência, em razão das restrições ao contato social impostas pela pandemia da Covid-19, e foi conduzida pelo vice-presidente da Corte, no exercício da Presidência, desembargador federal Messod Azulay. Prestigiaram o ato várias autoridades do próprio Tribunal e de outras instituições, servidores, familiares e amigos do empossando. Dentre os presentes, estiveram o corregedor regional da Justiça Federal da 2ª Região, desembargador federal Luiz Paulo da Silva Araújo Filho, o diretor da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, o juiz federal Osair Victor de Oliveira Junior, e a diretora do foro da Seção Judiciária do Espírito Santo, a juíza federal Cristiane Conde Chamatlik, que felicitou o agora desembargador, “parabéns ao colega William Douglas pela promoção, desejando muito sucesso nessa etapa de sua carreira!”

A primeira saudação ao mais novo membro do TRF2 coube ao jurista, advogado e professor Ives Gandra Martins, que destacou, da biografia do homenageado, a importância de sua atuação na magistratura, no magistério e nas letras: “A trajetória de William Douglas pela vida deixou um magnifico rastro de realizações, que hão de se multiplicar no brilhante futuro que o aguarda”, resumiu.

Em seguida, falou o presidente da Seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil, Luciano Bandeira, em nome da Advocacia brasileira. Ele endossou as palavras do colega que o precedeu na tribuna e acrescentou a relevância do novo desembargador como jurista e a sua fidelidade aos princípios cristãos (William Douglas é evangélico), no exercício da magistratura e no trato com o próximo.

Na sequência, coube a palavra à procuradora-chefe da Procuradoria Regional da República da 2ª Região, Marcia Morgado, que fez a saudação em nome do Ministério Público. Ela ressaltou o trabalho voluntário do empossando, que há cinco anos participa de um projeto de capacitação e preparação para concursos voltado para jovens estudantes negros de baixa renda, “militando pela concretização da educação inclusiva e igualitária prevista na Constituição Federal”, disse.

Logo após, discursou o novo desembargador federal, que lembrou o momento de aguda crise pela qual passa o Brasil, com o aumento acelerado do número de casos e mortes causadas pela pandemia: “Vivemos um tempo de insegurança biológica e jurídica.  O isolamento e a desesperança fizeram aumentar os casos de suicídio e o confinamento tem provocado muitos divórcios. Temos visto empregos perdidos e empresas quebradas. E famílias e amigos estão mergulhados no luto pela perda de entes queridos”.

Mas, apesar do quadro desolador, afirmou, o povo não deve perder a esperança: “Em meio à pandemia, estamos conseguindo nos organizar. Estamos, sim, caminhando e vamos superar a crise. Precisamos manter a serenidade e a paciência. Vamos segurar mais um pouco os afetos e as saudades das pessoas amadas. Sairemos deste episódio da nossa história como um pais mais forte”, declarou o desembargador, concluindo: “Estudo trabalho e tempo continuam funcionando e são ainda a solução para a maior parte dos problemas”.

O desembargador William Douglas encerrou sua fala dirigindo um emocionado agradecimento a sua família, aos amigos, aos seus professores, aos seus alunos, aos seus pares e aos servidores da 4ª Vara Federal de Niterói (RJ), da qual foi titular desde 1997: “Eles são os responsáveis por eu ter chegado até aqui”.

A fala de encerramento coube ao vice-presidente Messod Azulay, que evidenciou o caráter, a seriedade e o compromisso profissional com que seu novo colega da segunda instância sempre conduziu sua carreira jurisdicional: “Sua excelência ascende a esta Corte após 28 anos de magistratura sem nenhuma mácula em sua biografia. Hoje, podemos nos ufanar de contar com esse mestre ao nosso lado”.

Além da titular da 4ª Vara Federal de Niterói, sua cidade natal, William Douglas foi também, nos anos de 2001 e 2002, juiz da 2ª Turma Recursal (RJ) dos Juizados Especiais Federais, unidades das quais foi um dos idealizadores.

Oficial condecorado da reserva do Exército brasileiro (R/2), o mais novo membro do TRF2 formou-se em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e obteve o grau de mestre em Direito pela Universidade Gama Filho (UGF). Com reconhecida atuação como docente, palestrante e autor de 59 obras, dentre jurídicas, literárias, da área de Educação e de outras áreas, William Douglas é atualmente professor pesquisador‐associado na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), já tendo exercido magistério também na cadeira de Direito Processual da UFF.

*Fonte: TRF2