1

 

A diretora do foro da Justiça Federal do Espírito Santo e coordenadora do Laboratório de Inovação do órgão, juíza federal Cristiane Conde Chmatalik, foi uma das palestrantes do segundo dia do webinário ‘Justiça 4.0’, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, na manhã desta quinta-feira, 25, que teve como tema “Justiça 4.0 e Inovação no Poder Judiciário”.

“Nova realidade”

Na abertura do evento, dia 24, o ministro Luiz Fux, presidente do CNJ e do STF, fez o lançamento do Programa Justiça 4.0, que traz a perspectiva de uma “nova realidade para o Judiciário”. O conjunto de projetos será a principal medida do eixo da gestão do ministro que prioriza o incentivo à justiça digital. A inovação tecnológica terá papel central na transformação do trabalho e do cotidiano de magistrados e servidores do Poder Judiciário. A proposta é buscar alcançar a duração razoável do processo, conforme prevê a Constituição Federal, a quem recorre aos tribunais.

Inovares

A magistrada apresentou o Laboratório de Inovação da JFES – Inovares, que ganhou novo nome e logomarca própria em 2020, relembrando alguns de seus principais projetos, como o Chatbot da Ju, de atendimento por Whatsapp para usuários, idealizado durante o trabalho remoto, e práticas engajadas com o Liods, o Laboratório de Inovação do CNJ, como o resgate do trabalho sobre segurança em barragens, que havia sido iniciado em 2019, prototipado no Inovares, que faz referência ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 11, e a indicação de ações visando o incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário, Liods ODS 5.

Como reflexões finais, a diretora do foro apontou o iTeam (time de inovação da JFES) e pensar como podemos ter as melhores pessoas trabalhando em projetos realmente relevantes para a melhoria da prestação jurisdicional; no e-Proc, pensar em como adotar tecnologias em ciclos mais curtos e eficazes, como uma prática constante; ter a coragem para mudar as estruturas.

Chegada ao século XXI

“Vivemos um momento histórico único, com a quebra de diversos paradigmas e uma nova forma de olhar a administração da Justiça.  Demoramos vinte anos, mas chegamos ao século XXI.  O espaço físico não foi imprescindível e é possível viver a experiência do design on-line, o processo de co-criação e isso está funcionando. O fundamental é estarmos preparados para isso”, assegurou.

Falando no encerramento do evento, o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, juiz federal Marcus Livio Gomes, do TRF da 2ª Região, assegurou que “o Judiciário está avançando para um novo patamar”.  “Nós estamos definitivamente em outro estágio do serviço público, nós estamos muito além do que eu poderia imaginar há um ano”.

O secretário geral ainda fez algumas ponderações e conclamou todos a pensarem como “os laboratórios de inovação, a rede de inovação, poderiam trabalhar de forma consentânea com o Justiça 4.0, que envolve diversas ações, como a implantação do juízo 100% digital, a sanitização e validação do DataJud, pois nós temos dezenas de tribunais com problemas de inconsistência de dados, etc.”  São ações “ligadas à inovação”.

“Num segundo momento, para encaminhamento, eu vejo que várias iniciativas que estão sendo desenvolvidas, a última apresentação nos expôs isso de forma muito clara, estão em linha com iniciativas que estão em curso no Conselho Nacional de Justiça.  Se nós tivermos a cooperação dos laboratórios de inovação nesses temas, isso será muito importante.  Nesse segundo ponto, eu conclamo os colegas para refletirem e colaborarem com toda a sua expertise: de que forma os laboratórios podem ser integrados às ações em curso no CNJ”, destacou, esclarecendo que a “horizontalidade” deve ser respeitada.  “Essa rede é colaborativa no ecossistema, um trabalho sem hierarquia, sem verticalização.  De que forma nós podemos integrar essas ações espalhadas por todo o Brasil com as ações em curso no CNJ e assim ganharmos braços, apoio, suporte e termos assim um avançar coletivo”, concluiu.

Último dia

No último dia do evento, nesta sexta-feira, 26, o tema será Centros de Inteligência e como eles podem atuar para a prevenção de litígios, para reforçar a gestão de precedentes e para aprimorar a integração dos Tribunais.  O evento pode ser acompanhado no canal do CNJ no YouTube.

O Justiça 4.0 compreende um pacote de projetos, como a plataforma Sinapses de desenvolvimento e cooperação em inteligência artificial e a Plataforma Digital do Poder Judiciário. E ainda tem ações voltadas à higienização e qualificação das bases de dados, fortalecendo a Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (DataJud). O trabalho é desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sob a coordenação do CNJ.

2

Cristiane Chmatalik apresentou o Inovares – Laboratório de Inovação da Justiça Federal do Espírito Santo

 

 

Chatbot Da Ju Site

A magistrada destacou o Chatbot da Ju, dentre os principais projetos do Laboratório de Inovação

 

 

3

Também citou projetos realizados em parceria com o Laboratório de Inovação do CNJ (Liods): o de Segurança em Barragens (foto acima) e o de Incentivo à Participação Feminina no Judiciário (abaixo)

 

4

 

Com informações do CNJ